Os estudantes têm que dominar as estratégias dos jogos e responder as questões que caem no Enem. Com os jogos, eles estão mais motivados, passaram a estudar mais e a usar a internet para pesquisar
Aprender pode ser muito mais divertido do que parece. A prova disso está na Olimpíada dos Jogos Digitais e Educação, onde jogos eletrônicos despertam o interesse dos alunos para o conhecimento. O campeonato mobiliza mais de 100 mil estudantes de escolas públicas de Pernambuco e do Rio de Janeiro. “Eles abordam desde matemática até questões de humanas, envolvendo filosofia, sociologia e história”, explica o professor Henrique Virgínio.
Na lição de biologia, uma nave espacial ataca fungos e bactérias dentro da corrente sanguínea. Para passar pelo sistema de comunicação entre os neurônios é preciso estratégia. Na experiência de física óptica, o feixe de luz tem que ser desviado até atingir o alvo. Contra o bullying nas escolas, um super-herói entra em ação para defender os colegas. O Supersusto combate a injustiça com o conhecimento. “Por ser uma forma divertida de aprender, chama mais atenção porque a pessoa aprende brincando”, relata o estudante Iverson Luís Pereira.
No jogo Chuteira Premiada, é preciso vencer as barreiras do vento e definir a força e a direção. O objetivo é formar os ângulos certos para fazer o gol. No jogo Senhor Hur, a habilidade é com a língua portuguesa e os estudantes têm que formar palavras para acertar os golpes. Quanto maior a criatividade, mais forte a jogada.
Os estudantes têm que dominar as estratégias dos jogos e responder as questões que caem no Exame Nacional do Ensino Médio. Os resultados da Olimpíada não aparecem só na tela do computador. Eles fazem toda a diferença na vida real, dentro da sala de aula. Os alunos estão mais motivados, passaram a estudar mais e a usar a internet para pesquisar.
O desempenho deles é digno de campeões. “Eles estão tendo que responder questões sobre assuntos que eles estão vendo em sala de aula e eles precisam estudar mais pra responder os enigmas. Isso fez com que as notas aumentassem”, afirma o professor de química Carlos Eduardo Gomes.
A ideia é que a Olimpíada mobilize estudantes do país inteiro num exercício de superação. "Às vezes estudando com o livro você cansa mais rápido, no jogo, não. Você passa mais tempo estudando sem perceber”, diz Ítalo Luiz
“A gente está trazendo inovação para dentro da escola, uma linguagem que é familiar aos jovens e que convida o professor a participar junto com esse jovem de uma competição colaborativa, que faz com que a aprendizagem se torne mais significativa”, opina Luciano Meira, professor de psicologia e consultor da Olimpíada dos Jogos Digitais e Educação.
Fonte:http://glo.bo/mX7z3x
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